Aconteceu o XX Encontro Latino-americano de Responsáveis Nacionais de Pastoral Juvenil de Latino-americana e o Caribe – ELARNPJ, nos dias 18 a 23 novembro de 2019 em Lima – Peru. Participaram os secretários executivos, Assessores e delegados jovens de Pastoral Juvenil de cada pais e convidados que trabalham com jovens no continente. Participaram por volta de 18 bispos, 25 padres e 70 jovens e leigos adultos.
Participaram como delegados da Rede Latino-americano de Institutos de Juventude: Jorge Boran, CCJ, Brasil, Pe. Guido e Ana Elisa, instituto PJ Paraguai, Jorge (Koky) Itapej de Peru e Juan José, Sepi de Miami (pastoral hispana). Estavam presente quase a totalidade dos países da América Latina. Impressionava o protagonismo dos jovens na condução dos trabalhos do Encontro e a continuidade e evolução do projeto de trabalho pastoral com jovens, começando com o Encontro do CELAM em Medellín em 1968 até o XX Encontro em 2019.
Chamou atenção um jogo JENGA em que os bispos, padres e jovens jogaram juntos para compartilhar seu conhecimento e sentimentos sobre o Sínodo da Juventude e o Documento “Cristo Vive” do Papa Francisco. No terceiro dia os jovens pediram para mudar o espaço litúrgico para a celebração Eucarística. Em lugar da formata de um círculo com os bispos e padres dentro e os leigos fora, fizeram dois círculos concêntricos onde os jovens também ficaram dentro do círculo junto com os bispos e padres. Os jovens entenderam que a metodologia sinodal pedido pelo Papa Francisco, exige que também o espaço sagrado refletisse o protagonismo dos jovens com evangelizadores — quando a arquitetura permite.
Foi uma alegria, também, encontrar com Dom Carlos Castilho o novo Arcebispo de Lima e primaz de Peru, que conhecíamos a partir do trabalho com a juventude e seus artigos como teólogo na Universidade Católica de Lima. Dom Carlos presidiu a celebração eucarística na catedral em que desafia os jovens a não só conhecer a doutrina da Igreja mas sobretudo ter uma experiência de Jesus Cristo (Kerigma) e assumir o compromisso de renovação da Igreja e da sociedade.
Tivemos experiência comovente na 5ª feira ao visitar o novo museu dedicado a tolerância, inclusão social e respeito pelos direitos humanos em Peru. A tarde visitamos o centro histórico de Lima e as Igrejas em que trabalhavam Santa Rosa de Lima, a primeira santa e padroeira da América Latina e São Martinho de Porres. Santa Rosa era uma leiga, membro do movimento leigo dos Dominicanos. Usando a casa da sua família em Lima dedicou sua vida a ajudar as pessoas mais pobres da cidade. Martinho de Porres era mulato e irmão dominicano também dedicou sua vida a promover o povo na margem da sociedade. Hoje sua casa da Rosa é uma Igreja e monumento a sua obra. Trata-se de um constante na vida de muitos grandes santos, a opção pelos pobres. Por causa desta tradição que tem suas raízes na Bíblia e na vida de Jesus, a Igreja sempre coloca resistência contra projetos neoliberais, políticos e sociais que que exigem que o povo pobre pague as contas de ajustes fiscais enquanto os grupos privilegiados escapam pagar sua parte correspondente. Ambos santos se conheciam e moravam pertos. Confere fotos.
Os bispos presentes fizeram uma carta ao CELAM elogiando o trabalho pastoral com jovens e ressaltando a importância de respeitar a continuidade do processo de evangelização dentro do novo plano sendo elaborado pelo CELAM. No final foi elaborada outra carta a juventude da América Latina.
Jorge Boran
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