2-foto Santuario Padre CiceroNum primeiro momento, enviei este texto para a Rede Brasileira de Institutos de Juventude para tentar dar resposta a uma postagem angustiante de uma jovem sobre as tenções na última Ampliada Nacional da PJ em Crato, nos dias 22 a 29 de janeiro 2017. As reações positivas me incentivaram a abrir acesso  a um grupo mais amplo de jovens e assessores para ajudar a superar as tensões e construir uma PJ mais forte e madura. Cito a seguir, duas das reações: uma jovem do Sul e um jovem do Nordeste.

Uma jovem do Sul:Boran, quero agradecer muito o seu texto. Há muitos anos não lia algo tão lúcido e esclarecedor sobre a PJ. Sinto que várias coisas que me inquietavam, mas não conseguia traduzir, foram bem nomeadas no seu texto. Está realmente muito bom. Creio que precisa ser lido, estudado e rezado pelas coordenações Brasil a fora. muito obrigado por essa partilha. Vale a pena ler cada linha do texto! Tb concordo q é um texto com muitas provocações interessantes, pode contribuir muito na nossa reflexão e atuação junto à PJ.”

Um jovem do Nordeste. “Boran, bom dia. Essa semana recebi o texto que o senhor compartilhou na reunião dos Bispos e Padres referenciais da juventude do Brasil. Meu coração ardia ao ler cada palavra. Em alguns momentos senti como se meus sentimentos estivessem sendo expostos por mãos de uma pessoa que apenas vi durante a Ampliada em Crato. De imediato fui procurar JORGE BORAN no Facebook, simplesmente para agradecer. Dizer que existem muitos e muitas espalhadas por aí que acreditam e sonham numa PJ mais profética e evangélica. De imediato a sua reflexão chegou até a CRPJ do Ceará e estamos rezando esse texto com muita paciência. Analisando as entrelinhas, o contexto, as luzes, os caminhos. Reze por nós, Padre. Reze pela PJ do Brasil. Precisamos estar unidos, só unidos conseguiremos alcançar nossos objetivos. Vencendo as diferenças, não no grito, mas sim no diálogo e no serviço. Muito obrigado Pe. Boran, por ser esse sinal de luz em nossa caminhada.

Na semana passada fui convidado para assessor a comemoração dos 10 anos do Documento 85, “Evangelização da Juventude, Desafios e Perspectivas Pastorais” no encontro nacional dos bispos e assessores referenciais dos Regionais da CNBB da Pastoral Juvenil (que engloba a PJ e os movimentos). Depois da reação positiva na internet, resolvi, também, usar o texto como ponto de partida para um debate sobre como superar as tensões e fortalecer as Pastoral da Juventude. Eu me surpreendi com a reação positiva dos participantes e o alto nível do debate.  Um tema que chamou atenção foi a dificuldade que alguns “dinossauros” (termo carinhoso usado pelos jovens) dos anos 80, inseridos na cultura moderna com seu foco na prioridade do intelectual, de fazer a viagem para os anos 90 em diante com seu foco nos sentimentos. Digo alguns para eu e outros não serem incluídos também. A dificuldade de fazer a viagem da cabeça para o coração. E claro, contribuir também para uma nova síntese entre os dois polos.

No fundo, as tensões na Ampliada Nacional é um pretexto para discutir o tema mais amplo da evangelização da Juventude num momento muito feliz em que o olhar da Igreja mundial coloca a juventude no centro do palco em preparação para o Sínodo Mundial dos Bispos em 2018 quando a Juventude será o enfoque da Igreja Universal.

Este debate, também, acontece dentro de um contexto mais amplo de retrocesso das conquistas sociais dos últimos 30 anos na sociedade brasileira e em que as pessoas que representam a força moral do país levantam suas vozes para dizer nas palavras do maior escritor brasileiro vivo, Raduan Nassar, na semana passada ao receber o Prêmio Camões;: “Vivemos tempos sombrios, muito sombrios. ..Não há como ficar calado”. Neste contexto precisamos nos esforçar para superar nossas tenções para somar forças numa luta maior

 

Segue o texto enviado anteriormente, com pequenas modificações: 

Amigos da Rede Brasileira de Institutos e Centros de Juventude,

Bom, como o Marcio Camacho mencionou, na conversa do WhatsApp, estive também na Ampliada Nacional da Pastoral da Juventude, em Crato/ CE, representando a Rede. Elaborei o seguinte relatório para dar satisfação a vocês.

Escrevi este texto para ajudar a esclarecer a pergunta que Fabiane colocou na rede: “Vi as postagens na face e conversei com alguns jovens e assessores.  Porém, estão  muito  machucados e chateados, difícil compreender bem o que aconteceu.”  Minhas impressões são limitadas porque fiquei somente até 5ª feira a noite (4 dias). Vi diferentes comentários na internet e conversei com pessoas que ficaram até o final. Como frequentemente acontece, comecei com a ideia de fazer um texto breve e depois foi ficando claro que um texto breve não dava conta do recado. Este texto é feito com o intuito de fortalecer a evolução da PJ no futuro. A organização que não avalia acaba perdendo seu rumo e contato com a realidade e sua capacidade de convocação.

 

Acolhida e inserção na cultura do Nordeste

O que impressionou foi a forte participação e motivação dos 120 delegados durante mais de uma semana. Havia muita amizade. Raras vezes senti um ambiente tão amigo.  Desde o início sentimos inseridos não somente dentro de uma casa de encontro qualquer, mas dentro da cultura do Nordeste, através das falas, dos cantos e as místicas. As celebrações foram momentos fortes durante o encontro – resultado de muita preparação. As celebrações integravam as diferentes dimensões do ser do jovem, o racional, o emocional, a imaginação, a mística e a poética. Já foi superada a dificuldade do passado de celebrações muito cerebrais e discursivos. Não se pode afirmar, como antes, que a PJ não reza. Também a visita ao santuário de Padre Cicero. Tive a honra de chegar primeiro ao topo do morro, provando que a juventude não é só questão de idade!

Os jovens do Nordeste, sobretudo da PJ do Ceará fizeram de tudo para que pudéssemos nos sentir acolhidos. Capricharam na comida, na acolhida no aeroporto de Juazeiro (uma hora de distância) e na rodoviária.

Senti uma nova realidade. Há regionais e dioceses onde a PJ continua forte, onde a pastoral continuada sendo trabalhada como processo de acompanhamento sistemático com muitos grupos de base e onde as lideranças têm clareza de discurso e metodologia e outros regionais onde há uma crise das coordenações diocesanas e grupos de base e onde a PJ se restringe a organização de alguns eventos por ano e onde há dificuldade de convocação. Há lugares onde a estrutura da  PJ não funciona e onde há poucos grupos sem identidade de PJ e onde os movimentos tem forte penetração. A crise parece mais acentuada nas grandes cidades, sobretudo do sul do país. O trabalho de evangelização da juventude nas cidades grandes é mais desafiador, porque se trata do lugar onde o secularismo e a secularização têm mais penetração e onde os jovens tem muito mais opções além do grupo de jovens.

 

Primeiras tensões com a metodologia

No primeiro dia a Avaliação do engajamento social foi bem conduzido através de uma dinâmica de grupo que trabalhava as seguintes questões:

  1. Jovens encarcerados e encarceradas,
  2. Jovens adolescentes em conflito com a lei
  3. Jovens mulheres marginalizadas
  4. Jovens imigrantes e refugiados/as
  5. Jovens no mundo do trabalho
  6. Jovens e a Educação
  7. Jovens e orientação sexual e gênero
  8. Jovens e drogadição
  9. Jovens do e no campo
  10. Jovens dos povos tradicionais.

No final do primeiro dia, as primeiras tensões sobre a metodologia começaram a aparecer. Uma jovem de Belo Horizonte desabafou sobre a falta de espaço  para as bases dizendo que o Nacional existe para fortalecer as bases. Outro jovem levantou a dificuldade de levar as reflexões sobre os temas sociais aos grupos de base sem levar em conta a situação dos grupos. Em seguida questionei a maneira de usar o método VER Julgar Agir. Começamos com o VER, com a realidade, mas a realidade não podia ser só a realidade social. O Ver deve levar em conta a realidade da Pastoral da Juventude. Havia necessidades de dois enfoques:  o enfoque da missão na sociedade e o enfoque da organização e vida interna da PJ.  A metodologia usada enfocava a avaliação da Coordenação Nacional e o engajamento social da PJ, mas não contemplava a avaliação da Pastoral da Juventude nos regionais, dioceses e base. Não era possível pressupor que a organização interna da PJ:  Grupos, acompanhamento sistemático, estruturas de coordenação, formação de lideranças, assessoria, formação, espiritualidade etc. estava bem e não precisava ser avaliada. Qualquer organização tem que ter os dois enfoques, para dentro e para fora, senão, não sobrevive.

Nos dias seguintes alguns delegados questionaram a metodologia nos plenários dizendo que a PJ não podia ficar presa somente a questão social e que era necessário levar em conta as cinco dimensões da formação integral. Foi colocado que o horizonte do nacional é importante, mas são os coordenadores na base que devem filtrar o que serve e o que não serve, conforme a realidade e estágio do seu grupo.

Faltou também trabalhar as habilidades necessárias. No meio das muitas palestras senti falta de palestras sobre a Pedagogia de Formação e as Estruturas de Acompanhamento que são duas das Pistas de Ação do documento 85. Não basta estabelecer metas precisa discutir como chegar às metas. A dificuldade da PJ de mobilizar os jovens, em alguns lugares, não se resolve com discursos. Claro que a teoria tem que ser complementada pelo trabalho de grupo. Um engenheiro que constrói pontes que  caem e um médico  que tem muitos pacientes que morrem precisam também dominar melhor as habilidades necessárias, a capacidade de diagnosticar corretamente, de calcular etc. Num jogo de futebol, quem não consegue fazer leitura correta do jogo e domina as habilidades necessárias não marca gol. Não basta somente o discurso.

 

 

Encaminhamento das Pistas de Ação

No momento de encaminhar as pistas de ação, a decisão de manter os quatro eixos anteriores da PJ Nacional: Espiritualidade, Ação, Formação, Articulação foi importante porque ajudou manter certo equilíbrio. No trabalho de grupo foi pedido elaborar pistas de ação dentro de cada eixo. Textos foram distribuídos com um resumo das conclusões do trabalho anterior das 10 questões sociais acima (o Ver da realidade). Eu participei, por exemplo, do grupo que trabalhava o eixo Articulação. O texto levava a discutir como articular os temas sociais e ignorava a necessidade de discutir a articulação da PJ. Quando apontei a dificuldade, todo mundo concordou e começou a discutir também a articulação interna da PJ. Mas como discutir o Agir sem ter feito um Ver da realidade interna da articulação a PJ no início da Ampliada. Os grupos que trabalhavam os outros eixos, Espiritualidade, Ação e Formação enfrentavam o mesmo problema. Alguns grupos nem se tocavam que era necessário discutir pistas de ação para a organização interna da PJ.

Estas falhas na metodologia foram apontadas no início, mas não foram corrigidas, talvez porque uma vez montada a metodologia para um encontro de uma semana é difícil muda-la. É como mudar de cavalo ao atravessar o rio. As consequências levam a um vanguardismo ou elitismo que desmontam a PJ de dentro, enfraquece a corrente libertadora dentro da Igreja e na prática nega o protagonismo dos jovens.

Um desiquilíbrio foi evitado pela decisão de manter os quatro eixos do plano anterior: Espiritualidade, Ação, Formação, Articulação.

Outra dificuldade, o fato de não ter espaço para uma avaliação da organização da PJ na base (diocese e grupos paroquiais) criou dificuldade de participação para delegados do interior do país que trabalhavam bem as bases, mas onde não dominava debates sociais e políticos. Uma jovem desabafou: “Estou ansiosa para voltar para meu grupo de base onde podemos discutir os desafios do dia-dia. Aqui estou perdida”. Não se tratava de abandonar o aprofundamento dos temas sociais, mas de abrir também espaços onde os temas internos da PJ possam ser discutidos. Brasil é grande e complexo. O discurso dos militantes das cidades grandes não pode ser o único. Temos muito a aprender com os jovens do interior.

No final do ano passado, Pe. Hilário Dick escreveu uma carta interessante na qual destacou alguns desafios que precisavam ser discutidos na Assembleia Nacional.  Quero destacar os quatros desafios principais:

  1. Os grupos de base. “Estou preocupado com a Pastoral da Juventude por vários motivos, mas o mais forte se relaciona com o comunitário, isto é, com os grupos de base, das paróquias, das comunidades”. Destacou também a necessidade de levar em conta que muitos grupos são adolescentes.
  2. A crise da organização. “Nossa ´organização´ não está bem; não se sabe ainda se ela adoeceu ou se nós a fizemos doente. Talvez as duas
  3. A questão de como trabalhamos o poder. “ Vivemos uma grande necessidade: a de pensar o modo de vivermos o poder em nossa pastoral, desde o grupo de base até aquele ponto em que sentimos que precisamos de ajuda.
  4. A Crise de Assessoria. “Muito ruim também ouvir dizer de jovens e adolescentes de grupo que não sentiram falta do/a assessor/a. É verdade que nossa Igreja quer mais ´tios e ´´tias em vez de ´´assessores/as, mas não justifica a falta deles/as.”

No passado, eu e Hilário trabalhamos muito juntos na construção da PJ Nacional. Durante meus sete anos Como Assessor Nacional da Juventude da CNBB ele foi uma das pessoas que mais me ajudou. Depois tivemos diferenças de posição e de análise sobre os desafios enfrentados e as soluções. Hoje sinto que fazemos a mesma leitura da realidade da Pastoral da Juventude.

O ponto que quero fazer aqui. Durante os oito dias da Ampliada Nacional não houve um espaço reservado para um Ver da Pastoral da Juventude onde se podia discutir estas e outras questões.

A questão de Assessoria.

Houve tensão, também, sobre a questão de assessoria na Assembleia. A nova Comissão Nacional de Assessores foi apresentada durante o encontro. Quatro dos cinco assessores eram leigos. O quinto era padre. No final houve forte questionamento e foi decidido retomar a indicação da Comissão depois da Ampliada.

Mas, a questão de assessoria é mais ampla do que o nacional. Há um novo fenômeno.  Nos regionais e dioceses onde a PJ está em crise há tendência de substituir a assessoria religiosa pela assessoria somente de leigos, de modo especial, jovens mais velhos. A questão não é tanto, ser religioso ou leigo, mas de qual o peso do assessor/a ou da Comissão frente à Igreja institucional para conquistar apoio e trabalhar a função especifica do assessor que é diferente do coordenador jovem. O assessor deve ser ponte e para ser ponte deve ter apoio dos dois lados e deve ter trânsito nos dois lados. Também, não está claro em alguns lugares a importância do assessor religioso para ajudar com a metodologia, a educação da fé e a experiência.

Vejo duas causas da crise de assessores religiosos:

  1. Há uma nova geração de religiosos que não se anima para assumir o trabalho de acompanhamento sistemático de um trabalho pastoral com jovens, sobretudo nos lugares onde a pastoral é vista como barco que está fazendo água. Portanto, há necessidade de conquistar assessores. Não aparecem espontaneamente, porque, também, os bons são muito procurados por outras pastorais. Na ampliada, o Dom Nelson, representante da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude CNBB, chamou a atenção para a necessidade dos bispos de se aproximarem aos jovens.
  2. O segundo motivo. Há coordenações que não sentem a necessidade do assessor religioso e estão contentes de indicar somente outros jovens com mais idade como assessores. Para eles não está claro a importância do assessor (a) religioso (a)   para fazer a ponte com a instituição da Igreja, de modo especial com o bispo e os padres. No fundo há a questão eclesial que precisa ser discutida. Acreditamos na Igreja, independente de quem é o bispo ou o padre.  É o eterno problema. Saímos da Igreja porque brigamos com o padre? Ou nossa opção não é pelo padre, mas por Jesus Cristo.  Acreditamos que sem a  instituição não há continuidade através do tempo e que todas as instituições precisam estar sempre passando por um processo de conversão e que os jovens tem papel importante nesta tarefa. A Igreja é apenas um espaço para buscar adeptos para nosso grupo ou movimento ou acreditamos na Igreja quando  é santa, mas também quando é pecadora.

O ideal, numa diocese,  é ter uma comissão diocesana onde há diferentes assessores que se complementam: assessor padre, assessora religiosa, assessor adulto leigo e assessor jovem.  Esta é a fórmula que funciona nas dioceses onde a Pastoral da Juventude está bem, hoje. Há uma corrente de opinião que pensa que a ausência de um assessor religioso facilita maior autonomia frente à Igreja Institucional. Mas a autonomia exagerada pode levar ao isolamento e à perda do espaço ocupado, um espaço que não se recupera mais. Não estamos falando de teoria, mas de algo que já aconteceu e está acontecendo.

Há também a questão dos jogos de poder que precisam ser trabalhados sempre.  Um conhecido perito sobre trabalho de grupo, chamado Yalom, afirma que em todo trabalho de grupo duas coisas estão sempre presente e precisam ser trabalhados: o amor e o poder.

A questão de assessoria precisa ser mais estudada. Os assessores precisam ser articulados como corpo com clareza de identidade e mística. Ao meu ver, trata-se do tema mais importante na Pastoral da Juventude, cujo encaminhamento pode ajudar ou travar o avanço no futuro. Fiz minha tese de doutorado sobre “o Papel do Assessor Adulto na Pastoral da Juventude”, e, portanto, sou suspeito quando afirmo que este tema é o mais importante no trabalho pastoral com jovens.

Conclusão

O relatório final da Ampliada, que foi feito pelo Vinicius Borges  com citação do Rogério, apresenta uma visão muito positiva da Ampliada Nacional, uma visão que tende a encobrir as tensões e falhas.  Entendo a preocupação de não apresentar uma visão negativa que possa desanimar os jovens. Porém, a estratégia pode ser de avestruz que enterrar a cabeça na areia em vez de enfrentar o perigo. Ignorar as tenções pode levar a fortalecer a tendência ao vanguardismo e ao elitismo que, historicamente estava sempre presente na Pastoral da Juventude e tem contribuído para abafar o protagonismo dos jovens e, em alguns lugares, desmontou a PJ. Posteriormente o Rogerio publica outro texto mais realista.

Mas a visão positiva é também importante. Apesar das dificuldades de metodologia tenho uma visão muita positiva da Ampliada. Em muitas dioceses a PJ está bem. Trata-se de algo muito positivo que muitos delegados tiveram a coragem de se levantar em plenário, na frente dos 120 participantes, e discordar de certos posicionamentos e expor suas ideias com coerência lógica e firmeza de quem vive estas ideias no seu dia, no trabalho pastoral.  É sinal de maturidade. É sinal que a PJ está formando líderes não seguidores. A PJ tem futuro. E muito. Mostra que está forte o protagonismo dos jovens. Temos a convicção que  somente através de uma avaliação crítica que se pode acertar os rumos da PJ no futuro. Não creio que a divisão seja entre Norte e Sul. A divisão está entre modelos pedagógicos de trabalhar com a juventude: um modelo mais de elite ou  mais de base.

Observação. Este texto ficou maior que que planejei inicialmente. Também tomou mais tempo do que tinha disponível. Quem sabe poder ser útil para outros grupos também?

Jorge Boran

 

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